INSCRIÇÕES ABERTAS - FORMAÇÃO E APROFUNDAMENTO EM IOGA ____ PRÓXIMA TURMA com início em ABRIL 2026
O Rizom ioga e sociedade nasceu do desejo de unir corpo e reflexão, prática e pensamento.
É uma escola que entende o ioga como um caminho de autonomia — um exercício de consciência que ultrapassa o tapete e atravessa a vida.
Aqui, o ioga é estudado como uma prática que também pensa: questiona a sociedade, o tempo e a forma como vivemos.
Acreditamos que o bem-estar é um bem que se sente individualmente, mas que se constrói COLETIVAMENTE.
Professora de ioga há 10 anos, Maira também é a idealizadora da escola Rizoma. Ao longo desses anos construiu um jeito único de conduzir as práticas com foco não apenas em ensinar as técnicas e posturas de ioga, mas sim em criar um ambiente onde os praticantes compreendam profundamente o que estão fazendo e por quê estão fazendo.
Em vez de repetir movimentos de forma automática, sua condução convida cada praticante a desenvolver uma conexão mais consciente com a prática, fortalecendo a autonomia e um aprendizado significativo.
Formada em Ciências Sociais (UNESP) e mestre em Ciência Política (UFSCar) Maira também traz para suas práticas reflexões teóricas que nos convidam a irmos além do ioga em cima do tapete.
Mais do que posturas, buscamos sentido.
Na botânica chama-se rizoma a um tipo de caule, geralmente subterrâneo, que se dispõem mais ou menos paralelamente à superfície do solo e que emite, de espaço a espaço, brotos aéreos, podendo também emitir raízes de seus nós, assim como são as samambaias, espada de São Jorge, gengibre e o jundu, vegetação comum nas areias das praias.
O rizoma difere do caule da raiz ou da estrutura em forma de árvore. Uma raiz tem um centro e vai fundo, aprofunda-se. Um rizoma é diferente porque possui uma estrutura de crescimento em largura e sem centro semântico.
Nos anos 80, os antropólogos Gilles Deleuze e Félix Guattari, na coleção Mil Platôs, pegaram emprestado o conceito de rizoma da botânica e propuseram uma nova forma de ver o mundo e compreendê-lo.
O fizeram justamente para que pudéssemos apreciar a singularidade de cada coisa, reconhecendo as múltiplas possibilidade de conexão de cada coisa com outras coisas.
Assim, o pensamento rizomático se move e se abre, explode em todas as direções, irrompe como um antídoto ao senso-comum que nos faz pensar muitas vezes que existe apenas uma ideia sobre algum assunto.
Ioga não é uma tradição una e linear, sobre a qual todo praticante deve se adequar. Ioga está na sociedade, é por ela absorvida, reelaborada. Ioga está na vida acontecendo, está na gente fluindo, irrompendo, morrendo, nascendo e florindo.
Está na gente incorporando regras, rotinas, modos de ser e de estar, mas está também na gente questionando a validade de tudo aquilo que pode nos prender e alienar.